Síndrome metabólica na gestação e excesso de peso da prole no segundo ano de vida: coorte brisa
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Palabras clave

Síndrome Metabólica
Gravidez
Sobrepeso
Infantil

Cómo citar

1.
Quirino de Lima AL, Pavani M, Meneses Filho E, Rodrigues L, Grandi C, Cardoso V. Síndrome metabólica na gestação e excesso de peso da prole no segundo ano de vida: coorte brisa. Andes pediatr [Internet]. 28 de septiembre de 2022 [citado 23 de abril de 2025];93(7):31-2. Disponible en: https://andespediatrica.cl/index.php/rchped/article/view/4246

Resumen

Introdução: A associação entre Síndrome metabólica (SM) na gestação e desfechos perinatais adversos tem sido muito estudada, mas ainda há poucos dados sobre seu impacto no ciclo vital.

O objetivo desse trabalho é estudar a associação entre SM na gestação e excesso de peso da prole no segundo ano de vida em duas coortes de conveniência, em Ribeirão Preto (RP) e São Luís (SL).

Materiais e Métodos: Estudo de coorte iniciado em 2010 durante o pré-natal (22-25 semanas de gestação) que envolveu 1069 pares mães/filhos em RP e 1151 em SL. No pré-natal, as mães foram avaliadas por meio de questionários, coleta de sangue, medidas antropométricas e de pressão arterial e foram definidas como portadoras ou não de SM, de acordo com uma adaptação dos critérios NCEP-ATP III. Durante o 2º ano de vida, a prole destas mulheres foi classificada, por meio do IMC (de acordo com as curvas de crescimento da OMS) em: magreza extrema (escore Z < -3), magreza (escore Z ≥ -3 e < -2), eutrofia (escore Z ≥ -2 e ≤ +1), risco de sobrepeso (escore Z > +1 e ≤ +2), sobrepeso (escore Z > +2 e ≤ +3) e obesidade (escore Z > +3). Foram consideradas com excesso de peso aquelas com risco de sobrepeso, sobrepeso e obesidade. Foi construído um modelo teórico por meio de Gráficos Acíclicos Direcionados, no qual, além de SM na gestação e IMC no 2º ano, foram testadas as variáveis: escolaridade materna, nível socioeconômico, peso ao nascer e tipo de parto. Foram excluídas da análise as crianças nascidas pré-termo. Foi aplicada análise de regressão logística, não ajustada e ajustada, com nível de significância de 5%.

Resultados: SL apresentou maior taxa de excesso de peso aos 2 anos de idade que RP (49,59% vs 42,74%; p < 0,001). RP apresentou maiores taxas de obesidade (25,43% vs 23,43%; p < 0,001) e SL apresentou maiores taxas de risco de sobrepeso (19,83% vs 13,29%; p < 0,001) e sobrepeso (6,5% vs 4,93%; p < 0,001). Quanto às variáveis metabólicas gestacionais maternas, RP apresentou maiores taxas de obesidade (13,6% vs 5,63%; p < 0,001), hipertensão arterial (4,01% vs 2,05%; p = 0,002) e glicemia de jejum ≥ 100mg/dl (16,51% vs 9,98%; p < 0,001); não houve diferenças quanto a HDL-colesterol. Na análise ajustada, em RP excesso de peso aos 2 anos de idade foi associado com macrossomia (RR 1,93; IC 95% 1,16 - 3,2) e nível socioeconômico classe C (RR 1,35; 1,02-1,78). Não houve associação com SM materna, tipo de parto ou paridade. Em SL, houve associação de excesso de peso aos 2 anos com macrossomia (RR 1,81; 1,11-2,97) e parto cesárea (RR 1,47; 1,62-1,86). Não houve associação com síndrome metabólica materna, paridade ou nível socioeconômico.

Conclusões: Excesso de peso aos 2 anos de idade foi associado a macrossomia em ambas as cidades. Em SL, onde houve maior taxa de cesárea, esse tipo de parto foi também associado a excesso de peso aos 2 anos. Não foi encontrada associação entre SM materna e excesso de peso aos 2 anos em nenhuma das cidades.

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